The Edukators (2004)
Direção: Hans Weingartner
Com: Daniel Brühl, Julia Jentsch e Stipe Erceg
Com certeza, é o filme que mais me impressionou nos últimos anos. The Edukators (Os Educadores, no Brasil) é um filme alemão que aborda com muita maestria o coração revolucionário de uma juventude inconformada com o sistema vigente. Na história, Jan (Daniel Brühl) e Peter (Stipe Erceg) são os Educadores, que de forma criativa e sem violência protestam contra as injustiças sociais invadindo mansões para deixar um aviso, aos milionários, de que "seus dias de fartura estão contados". Quando Jule (Julia Jentsch), namorada de Peter, resolve participar dessa atividade invadindo a casa de um ricasso com Jan, enquanto Peter está viajando, a história dá uma guinada inesperada: segredos serão revelados, sentimentos descobertos e os "edukadores" terão que mudar radicalmente sua estratégia de protesto.
"Edukators - Os Edukadores" fala das revoluções sociais de uma forma absolutamente original, colocando todos os lados da questão em uma mesma mesa. O filme fala de injustiça, companheirismo, triângulo amoroso, questionamentos filosóficos e seqüestro. Tudo isso com um final surpreendente!
A atuação dos três é brilhante e merece destaque a sutileza da interpretação do jovem Daniel Brühl e a beleza da Julia Jentsch, acompanhada de um talento que rendeu valorosas críticas à jovem atriz alemã. Cada diálogo, cada olhar é sentido de forma muito íntima e verdadeira por parte daqueles que assistem ao filme. A direção do Hans Weingartner só mostra a força do cinema alemão e do que a galera do Velho Continente pode fazer em matéria de criatividade e história, ao contrário dos pobres filme americanos, mas isso é outra história...
Eu vi 2 vezes esse filme, uma sozinho e outra com um amigo e me emocionei nas duas vezes, simplesmente porque quando acaba o filme você sente a real necessidade do quanto, muitas vezes, somos conformados com coisas que nos são empurradas 'goela abaixo' e do quanto deixamos que nossos valores e ideais de vida sejam completamente amordaçados pelo sistema. Uma frase do filme ficou martelando na minha cabeça até hoje: "Cada coração é uma célula revolucionária." Falta apenas tais células começarem a pulsar de fato no coração dos inconformados e dos sonhadores, para que algo comece a surgir.
Vale ressaltar a MARAVILHOSA trilha sonora do filme... Quando em uma cena começa a tocar Hallejuah do saudoso Jeff Buckley, minha gente, é de chorar...
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